Condições hidrodinâmicas e estimativa do tempo de residência no complexo estuarino lagunar Mundaú/Manguaba (AL) através de modelagem computacional.

 em Artigos Científicos e Teses Acadêmicas, MIKE 21

Autor: Ana Carolina Cavalcante de Lima

Tese Acadêmica: Dissertação de Mestrado

Universidade: Universidade Federal de Alagoras (UFAL)

Ano: 2017

 

Dissertação apresentada ao Departamento de Meteorologia / CCEN/ ICAT-UFAL, para obtenção do título de Mestre em Meteorologia – Área de concentração em Processos de Superfície.
Orientador: Prof. Dr. Geórgenes Hilário Cavalcante Segundo

Resumo
As lagunas Mundaú e Manguaba compõem o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), localizada no Estado de Alagoas,  Nordeste do Brasil, são típicas lagunas costeiras conectadas com o oceano por canais estreitos e que sofrem com acelerado processo de degradação  ambiental devido à praticas antrópicas deteriorantes como lançamento de esgoto sanitário, efluentes industriais, exploração dos recursos naturais. A modelagem em ambientes estuarinos tem sido amplamente utilizada como ferramenta auxiliares em tomadas de decisões em questões ambientais. O trabalho visou estudar as regiões mais suscetíveis a problemas relacionados a qualidade da água dentro do CELMM de acordo com o tempo de  residência, calculado a partir do modelo computacional Mike 21. O tempo de residência nesse ambiente foi compreendido através de um traçador  conservativo contendo 1kg/m³ de uma substância hipotética dentro do CELMM e fora, na região costeira, contendo 0 kg/m³. Foram simulados o tempo de residência no período de 2 meses, julho e agosto, com dados históricos de vazão durante os anos de 1978 a 2016 e com dados diários reais  de vazões em 2016. Os resultados da simulação mostraram que as lagunas são fortemente influenciadas pelas descargas fluviais dos principais rios  afluentes, rio Mundaú e Paraíba do Meio, onde as altas e constantes descargas fluviais históricos 1978 – 2016 resultaram em tempos de renovação de  14 e 30 dias, para Mundaú e Manguaba, respectivamente. As áreas que necessitaram de mais tempos para atingir 37% da concentração do traçador  foram: próximos as margens, ao leste da Mundaú e ao norte da Manguaba. A ausência de vazão com dados reais para julho na laguna Manguaba resultou em um retardo no tempo de residência onde as simulações no período de 2 meses não foram suficientes para atingir 37% da concentração  do traçador em toda a área da laguna. A circulação no interior do CELMM mostrou ser bem limitada devido aos estreitos e irregulares canais de ligação com o oceano, com baixas eficiências na comunicação entre as lagunas, refletindo numa redução da amplitude da maré no interior dos  ambientes, as máximas velocidades das correntes foram encontradas em períodos de marés de vazante.

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